sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ninguém a Outro Ama



Ninguém a outro ama, senão que ama

O que de si há nele, ou é suposto.
Nada te pese que não te amem. Sentem-te
Quem és, e és estrangeiro.
Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.
Firme contigo, sofrerás avaro
De penas.

Ricardo Reis

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